O NCP – Núcleo da Cidadania Petroleira, teve a ideia de sua fundação em 2006, quando foram iniciadas as discussões da repactuação e do AOR que dividiu a categoria em 75% de repactuantes e 25% de nãorepactuantes. O AOR perdoou 2/3 das dívidas da patrocinadora Petrobrás com seu Fundo Petros. Dos R$ 13,5 bilhões pedidos com a ação judicial de 2001, “sindicalistas” governistas aceitaram receber somente R$ 4,6 bilhões.
A representação sindical estava com o foco num projeto de poder partidário e sem a autonomia e independência necessárias e indispensáveis para fazer a defesa classista dos interesses e direitos da
categoria petroleira, notadamente a PETROS e a AMS – esse o diagnóstico a que chegamos.
Portanto se fez necessário ter uma entidade classista e apartidária de âmbito nacional, com personalidade jurídica para representar e fazer a defesa de todos os petroleiros (as) com a mesma linha de pensamento e que estavam indignados e prejudicados com os constantes e repetidos acordos feitos pelas entidades sindicais. Rasgaram contratos históricos, reduziram direitos adquiridos. Na verdade, só favoreceram aos governos e às patrocinadoras aliviando ou isentando delas cumprirem os seus compromissos para com a PETROS.
No tocante ao aparelhamento partidário da PETROS, foram realizados investimentos erráticos e que geraram vários equacionamentos que reduziram pela metade as aposentadorias e pensões.
A Assistência Médica Supletiva – AMS – foi privatizada. Foi criada a Associação Petrobrás de Saúde – APS, que é um plano terceirizado e muito caro pelas várias mudanças nos acordos coletivos lesivos e em prejuízo da categoria.
A luta diária do NCP é informar, alertar e debater com a categoria sobre os ataques aos nossos direitos e buscar por todas as vias, inclusive a judicial, a defesa e manutenção dos nossos direitos adquiridos e contratos que foram conquistados com muita luta por várias gerações de petroleiros que construíram o sistema Petrobrás e PETROS e hoje são relegados pelas patrocinadoras, e pela sua própria representação outrora classista.
O NCP entende que só com a verdadeira união da categoria petroleira com foco objetivo na sustentabilidade e defesa da PETROS livre de aparelhamentos partidários-sindicais e na visão que a AMS Petrobrás é um direito adquirido, poderemos impedir a extinção dessa importante categoria – a PETROS já está com quatro equacionamentos levando metade da nossa aposentadoria e a AMS já está terceirizada pela APS e absurdamente cara e com serviços precarizados.
